terça-feira, 19 de janeiro de 2010

futebolportugal.com 18/01/2010


Artigo de opinião “GOLOS E ARTTE"


ricardomonsanto1@gmail.com

Esta jornada da Liga Sagres ficou marcada por mais uma goleada do Benfica, desta vez fora de portas, também pela confirmação do Braga no estatuto e regularidade que não é normal ver nas equipas outsider arrastarem tanto tempo durante a competição, pelo regresso de Liedson à competição no seu melhor estilo confirmando a subida de forma dos leões desde a entrada do Professor Carlos Carvalhal e pelo empate do Porto que marcou Passo no dragão frente ao Paços de Ferreira.
Começando mesmo pelo Braga que é líder, a equipa treinada pelo meu antigo adversário de Taça de Portugal, Domingos Paciência, continua a demonstrar um regularidade extraordinária e daí a entrada com o pé direito na segunda volta deste campeonato. Deslocou-se a Coimbra, sua antiga equipa, e venceu a turma estudantil comandada por André Vilas Boas por 0-2. O camaronês Meyong marcou aos 41 minutos de grande penalidade e em cima do apito final Matheus confirmou as pretensões dos bracarenses para esta Liga Sagres que se antevê cada vez mais entusiasmante.
Onde não falta entusiasmo é à versão Super Benfica de 2009/10, regressou às grandes goleadas de início de época. É verdade que beneficiou da expulsão de dois elementos do adversário muito cedo, mas também não víamos à alguns anos jogadores do talento de Javier Saviola espalhar a sua magia pelos palcos nacionais. O Benfica se conseguir segurar a boa capacidade física durante esta segunda volta, pode mesmo apresentar-se como o principal candidato ao título para esta época, vais tudo depender do controlo dos índices físicos dos mágicos que tem disponíveis no seu plantel e para já começar a viragem com cinco golos na Madeira frente ao Marítimo é muito bom presságio.
O F.C. Porto sem os jogadores envolvidos na grande confusão da polémica do túnel da luz começa a comprometer a regularidade a que nos tem habituado nos últimos anos, o Professor Jesualdo Ferreira é sem dúvida um metódico que faz um trabalho cientifico regular à frente das equipas que comanda, acontece que tamanho desfalque que sofreu o seu plantel nos últimos tempos não é uma situação previsível e dificultou a organização das situações. Acabou por marcar passo em casa frente ao Paços de Ferreira e mesmo assim esteve a perder quando aos oitenta e dois minutos Maykon faz o golo Pacense, Falcão diminuiu os estragos três minutos mais tarde com um golo que apesar de não ter sido muito divulgado pelos media é em minha opinião obtido de forma irregular, basta para isso estar com alguma atenção ao movimento dos braços de Falcão e à trajectória da bola. Ficaram os Dragões a seis pontos de Braga e Benfica.
O Sporting é que está a reaparecer em grande com o Professor Carlos Carvalhal, recuperou a dinâmica de vitória e uma regularidade desportiva como à muito não se via no Alvalade XXI, no difícil teste contra o Nacional da Madeira destaque para o regresso de Liedson que voltou com confiança e a fazer o que melhor sabe. Golos! O levezinho que esperamos que se encontre novamente e que possa então dar o contributo à nossa selecção no mundial da África do Sul neste verão. Mas as diferenças no Sporting versão Carvalhal são mais que muitas, notam-se nos movimentos ofensivos, nas transições defensivas, numa nova mobilidade que os jogadores parecem mostrar e uma atitude mais personalizada e confiante com que a equipa encara o jogo. Longe daquela bi-polaridade desportiva apresentada no inicio de época.

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